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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A MÁ INTERPRETAÇÃO BÍBLICA E ERROS COMUNS DOS PREGADORES




Quando assumimos o papel de ministros da Palavra devemos estar cônscios de que a platéia que nos ouve é uma platéia seleta, especial e que espera ouvir de nós a mais pura verdade e por isso devemos sempre estar preparados para nunca incorrermos no erro de passarmos uma mensagem errônea. Antes de pregar, ministrar ou ensinar devemos nos aprofundar no texto e estudar, buscar conhecimento e estarmos embasados para não cometermos certas gafes que já viraram rotina nos púlpitos.
Essas gafes acontecem por diversos motivos como:
  • Má interpretação de uma palavra ou de um texto ou até mesmo de um sinal de pontuação ou acentuação;
  • A desassociação do texto em apreço do seu contexto (é um dos erros mais freqüentes);
  • A falta de conhecimento dos costumes, geografia, ocasião dos eventos narrados;

MÁ INTERPRETAÇÃO

Lembro-me de um certo presbítero que certa manhã foi convidado a ensinar na nossa escola dominical naquele dia. O pobre não tinha estudado a revista e quando abriu a lição do dia deparou-se com o seguinte tema: “O CRENTE E A SOCIEDADE” (o tema fazia alusão a como o cristão deve se portar diante do mundo como uma sociedade ou comunidade).
Então o irmão em questão já leu IICo.2.14 e sentenciou: “Deus não gosta de sociedades entre homens e muito menos entre crente e não-crente!”. E passou as próximas quase 2 horas ensinando que o crente nunca pode montar um negócio e ter outro sócio, pois isso Deus não gosta!

Em certos casos, um simples sinal de acentuação gráfica faz toda a diferença, como no caso de um grande amigo e irmão meu que discorrendo sobre o texto de At.16.9, onde um jovem macedônio clama a Paulo que vá até aquela cidade para ajuda-los, não viu a crase: “Passa à Macedônia e ajuda-nos!”. E então ele passou um bocado de tempo lendo sobre a Macedônia e a sua idolatria e pecados e foi enfático em ensinar que para que a mensagem possa chegar até o lugar certo precisamos atravessar a Macedônia que simbolizava a lascívia e o pecado.
Foi muito engraçado quando no final do culto o chamei em particular e mostrei o texto.

A DESASSOCIAÇÃO DE UM TEXTO DO SEU CONTEXTO

É com certeza o erro mais crasso e que mais se vê nos púlpitos. Textos que já se transformaram e chavões na boca de pregadores e que se tornaram clássicos em temas de congressos, eventos e alguns que até já viraram hinos. Mas quando juntamos o texto com o seu contexto muitas vezes descobrimos que a realidade é bem diversa do que apregoamos. 
Vejamos alguns desses erros:

  • “Aviva, oh Senhor, a Tua obra!” (Hc.3.1) Quantos pregadores gritam a plenos pulmões e se avermelham, insuflando a multidão a clamarem a Deus para que Ele avive a Sua obra como nos tempos do profeta Habacuque e que o Seu Espírito invada os corações dos homens! Rsss... Ah! se eles entendessem a verdade que está por trás desse clamor do profeta.                                                                                               Vejamos: Devido a crescente deterioração moral e espiritual do povo de Israel o Senhor resolve então enviar os babilônicos contra o Seu povo e leva-lo cativo (Hc.1.5-11). Vendo a catástrofe prestes a se abater sobre Israel o profeta intercede pelo povo (Hc.1.12-17), ao que Deus responde que por um certo tempo o Seu povo sofrerá o castigo, mas que no tempo certo o Senhor viria ao seu auxilio (Hc.2.1-5). E é então que o profeta clama ao Senhor como a dizer: “Senhor, isso realmente tem que acontecer, então aviva (apressa-te) Senhor a obra (esses acontecimentos, inclusive o castigo)!”

  • “Prepara-te ó Israel para encontrares com o teu Deus!” (Am.4.12)Semelhante ao texto acima, é muito citado em temas de congresso e em pregações de avivamento. É como um clamor a Igreja que tanto sofre aqui na Terra, mas que te a promessa da volta de Cristo. Então ela tem é que se preparar para esse grande encontro. A pregação é bonita, e o teor é verdadeiro, mas o texto não pode ser aplicado a esse tipo de pregação, pois veja do que se trata:                                                                O profeta Amós (um dos mais inflamados profetas contra a maldade e o errro de Israel) ao ver a cegueira espiritual e depravação do seu povo que é descrito em Am.4.4-11, envia então uma mensagem de exortação e de juízo ao seu povo e como se estivesse a dizer: “O Senhor tem visto a sua maldade, Israel, e Ele virá contra ti para castiga-lo; então, prepara-te Israel para encontrares com o teu Deus!”.                                                                                                                               Quando leio esse texto me lembro de quando eu e meus irmãos éramos garotinhos e fazíamos alguma arte e nossa mãe nos advertia: “Espera, quando seu pai chegar!”
  • “Os meus olhos procurarão os fiéis da Terra” (Sl.101.6) “...e portanto devemos estar bem a vista de Deus como fiéis servos fazendo aquilo que é bom e que agrade ao nosso Deus, como Jó". É bonito, mas...                                                Literalmente quem proferiu essas palavras não foi Deus e sim Davi, quando assumia o seu reinado, afirmando que tentaria aliar a si o maior numero de seguidores sinceros para eventuais batalhas contra os inimigos do reino.                                                                                                             Ok, devo admitir que no sentido figurado, metaforicamente falando, o texto pode ser figurativamente aplicado a Deus que procura os seus súditos leais para as batalhas contra o mal. Mas então que seja exposto o sentido literal do texto antes de fazer alusão ao seu sentido metafórico. E que nunca venha a se dizer: “E Deus disse...”

  •  “Eu sou a Rosa de Saron” (Ct.2.1)– o sujeito desse texto de um dos poemas mais lindos do mundo é falsamente atribuído a Deus ou a Jesus, mas se analisarmos o seu contexto...                                                                                                                        Veremos que a Rosa de Saron não é o noivo e sim a noiva (a sulamita [que também não é o nome da moça, e sim a sua nacionalidade – Suném]). Veja: No vs.1 ela diz: “Eu sou a Rosa de Saron, o Lírio dos Vales!”, ao que o noivo ratifica no vers.2 “Qual o Lírio entre os espinhos, tal é a minha amada entr as donzelas!”                                                                    O noivo, se é representado por uma arvore, ele então é simbolizado por uma macieira frondosa e que da os seus frutos vs.3.

  • “Sobe, calvo! Sobe, calvo!” (2Rs.2.23-24) – embora menos conhecido e menos citado, eu ouvi muitos ensinadores inculcar na mente dos seus alunos de escola dominical e até no púlpito que Eliseu era careca e que os meninos o provocaram pela sua deficiência capilar e que por isso ele invocou uma praga sobre os meninos que foram devorados pelas ursas. Mas se analisarmos a historia que se antecedeu a esse episódio vamos ver que o motivo foi outro.                                                                       Elias tinha sido elevado aos céus num redemoinho e o motejo dos meninos era para desqualificar Eliseu como profeta. Era como se estivessem a zombar de Eliseu, duvidando da sua autoridade ao compará-lo com Elias; como se a desafia-lo: “Se você é o sucessor de Elias porque não sobe aos céus como ele subiu? Queres se fazer como ele mas não tens poder como ele!” Era mais ou menos esse o sentido das suas provocações e por isso fez-se necessário a atitude de Eliseu para mostrar que a autoridade que estava sobre Elias ainda repousava sobre os seus ombros.

O DESCONHECIMENTO DA CULTURA, GEOGRAFIA E OCASIÃO DOS EVENTOS

Para terminar, deixo uma gafe cometida por mim mesmo em um dos meus ensinos em uma escola dominical, demonstrando erros cometidos pelo fator acima mencionado.

Eu estava pronto para ensinar uma das lições da Escola Dominical que naquela manhã girava em torno do profeta Jonas e de suas desventuras. Fui à pesquisa sobre Nínive e descobri que era um povo idólatra que acreditava que o seu fundador tinha sido o deus Dagon (Um homem meio humano e meio peixe). 
Nossa, quando li isso minha mente viajou e eu imaginei Deus se utilizando desse artifício para atrair a atenção do povo para a palavra daquele profeta que tinha saído da boca de um grande peixe, às margens das praias de Nínive. Falei dessa hipótese para os alunos e de como Deus faz as coisas certas.
 Depois de florear um certo tempo sobre esse assunto, entreguei a palavra ao meu pastor e mestre na Palavra, esperando receber um belo elogio desse homem de Deus pelo meu esforço e inteligência em descobrir e interligar esses fatos para confirmar a minha teoria.
Mas para minha surpresa, quando o pastor Paulo Roberto da Silva assumiu a direção vi que ele estava vermelho, não sei se de cólera ou de vontade de rir. Então ele disse: “É, meu caro jovem, Deus realmente faz as coisas certas, pena que nós é que falhamos em nossas conjecturas. Você acertou em estudar a crença dos ninivitas, mas errou em não estudar a sua geografia. Eu pediria ao irmão que pegasse em um mapa bíblico e nos mostrasse qual mar que costeia Nínive e onde se acha uma praia na Assíria!”.
Só então vi terrificado que eu errara! Nínive realmente não tem praia e o mar mediterrâneo está muito longe dessa capital. Só pude responder com humildade: “De fato, meu pastor, Deus faz as coisas certas, pois me deu a graça de ter o senhor aqui hoje para me corrigir e me mostrar onde errei!”.


                                                     

4 comentários:

Unknown disse...

olá, quero apenas parabenizá-lo pelo blog pois me deu uma grande ajuda na condução da aula da escola de profetas da minha igreja. Abração

Unknown disse...

a paz do senhor que coisa linda este ensino,manda mais para meu email.cleberdecristo@hotmail.com

Marcondez Silva disse...

Muito bom querido. Que Deus te abençoe continuamente.
Vou agurdar proximas publicações, e se não for pedir muito, gostaria de receber algumas coisas no meu e-mail.
Abraço!

Unknown disse...

Manda mais conteúdos desses gostei