“Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo!”
(IITm.2.3)
Nesse texto o apóstolo Paulo convoca a Timóteo para que
milite pela causa do Evangelho como ele mesmo sempre fora, alertando porém que
a função do soldado não era algo fácil. Mas que implicava em sofrimentos e
apuros.
Em Deuteronômio cap.20 vemos o alistamento dos israelitas
para que se tornassem soldados. Seria uma grande mudança na rotina daqueles
homens, pois que passariam de oleiros para guerreiros.
Quando pensamos em soldados pensamos em guerra. E as guerras que
Israel travou durante a sua peregrinação pelo deserto contra outras nações se
davam por 3 motivos principais:
- Defesa – o deserto abriga inúmeras hordas de salteadores que atacam as caravanas e sobrevivem dos frutos desses assaltos. “Guarda o que tens, para que ninguém roube a tua coroa!” (Ap. 3.11);
- Quando
se havia obstrução do caminho – Como no episódio de Jericó narrado em
Josué no cap. 6. Devemos como bons soldados de
Cristo derrubar todas as fronteiras do inimigo que tenta impedir o avanço da
Obra de Deus, lutando como bons soldados de Cristo.
- Ataque – Ao chegarem aos limites da terra prometida aqueles homens tiveram que cerrar fileiras e lutarem não apenas para defesa, mas atacando para conquistarem aquilo que lhes fora proposto. Sem um ataque maciço não poderiam tomar posse da bênção. Lembra-nos a saga dos heróis da fé que como desbravadores lutaram incansavelmente até suas mão ficarem pegadas às suas espadas para que pudessem conquistar os territórios para o Evangelho: Roma, no Coliseu, missionários às mais inóspitas regiões e atrás da Cortina de Ferro vimos bravos e desprendidos soldados lutarem até a morte para a conquista da vitória para o seu Senhor e a sua obra.
O exército de Israel era imbatível,
pois contava com ajudas especiais que nenhum outro exército humano jamais pôde
contar.
Em primeiro lugar, antes de irem
para a guerra, os generais se achegavam aos profetas e buscavam através desses
a confirmação ou a reprovação de Deus. Assim eles podiam ir cônscios da
vitória. (Jz.20.18; ISm.14.37; ISm.23.2).
Além da consulta, os israelitas
tinham outro trunfo que destacava ele como o maior exército do mundo: a Arca!
Todo exército tem o seu
estandarte, a sua bandeira. Mas o estandarte de Israel era diferente, pois
quando iam para a batalha levavam diante de si a Arca da Aliança que
simbolizava não a glória e a soberba de Israel, mas sim a Glória e o Poder do
Deus de Israel que batalhava pelo seu povo. Quando os inimigos viam a arca
diante de Israel sabia que Deus tinha autorizado a guerra e decretado a vitória
dos israelitas. Isso já provocava um abalo psicológico no inimigo que só
lutavam pela necessidade de lutarem, já cônscios da sua derrota.
E é assim até nos dias atuais,
onde o crente, quando leva consigo a presença do Espírito Santo mostra ao
inimigo, mesmo antes da batalha que ele já está derrotado.
Mas para que o soldado estivesse
apto para ir à guerra, havia de ter um preparo e algumas condições necessárias
para que ele fosse considerado pronto para a batalha. E isso é matéria para a
segunda parte desse estudo. Então, não perca o estudo: O BOM SOLDADO II !
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