Essa é talvez a parábola mais conhecida das Sagradas
Escrituras, onde vemos um filho se despedindo do lar paterno e vivendo uma vida
de dissoluções pelo mundo até que sua herança se finda e então, ele abatido
pelo abandono dos amigos e pela carestia de alimentos, resolve voltar para a
sua casa, e para os braços do Pai.
Esse episódio ilustra como nenhum outro a situação do homem
que resolve se afastar de Deus e das suas conseqüências.
Mas o Pai sempre estará lá; esperando...
Mas o que me chama a atenção nessa narrativa é como o filho é
recebido pelo pai quando retorna e s presentes que ele recebe do seu pai.
Esses presentes simbolizam a mudança que Deus realiza na
vida do homem quando ele reconhece os seus pecados e se torna para Deus.
“Mas o pai disse aos seus servos: “Trazei depressa o melhor
vestido, e vesti-lho; e ponde-lhe um anel no dedo, e alparcas nos pés; e trazei
o bezerro cevado,e matai-o; e comamos, e alegremo-nos...” (Lc.15.22-23).
- VESTIDO – simboliza regeneração (II Co.5.17). O filho com certeza tinha suas roupas sujas e manchadas pela poeira da estrada, pelas nódoas do pecado; mas agora o Pai tira aquela capa suja de sobre seu corpo e agora ele se faz uma nova criatura, limpa e pronta para se apresentar não como um servo, mas como um filho.
- ANEL – simboliza a adoção (Jo.1.11-12). Deus, em sua infinita misericórdia não só nos resgata do pecado como nos adota como filhos. O anel naquele tempo tinha um grande valor, pois sobre ele estava o selo da família. era a representação da identidade do indivíduo; a que casa ele pertencia.
- SAPATOS – simboliza a justificação e o embasamento do Evangelho (Ef.6.15). Estar calçados é não mais ferir os pés nos espinhos; é não mais tropeçar e machucar. É ter os pés limpos da poeira do mundo. É poder pisar na cabeça de serpentes sem que elas nos causem dano algum.
- ALIMENTOS – Simboliza a santificação. O boi cevado era separado para o sacrifício, mas aquele retorno do moço merecia que o boi fosse morto e dado a comer ao filho que fora resgatado da morte.
Agora veja a estória da seguinte maneira: Deus é o Juiz que
foi encarregado de julgar os graves delitos de um rebelde e malfeitor: VOCÊ!
Esse malfeitor tomou da sua parte da herança e gastou tudo o
que Deus lhe dera (Uma inteligência invejável, um vigor jovial, um dom natural)
em coisas fúteis e que o levava conscientemente cada vez mais ao caminho da
degradação.
O que esse Juiz devia fazer? Qual seria seu veredicto?
Pois bem! Esse Juiz vira-se para esse júri e da o seu
veredicto:
“Essa pobre criatura será livre das suas acusações, pois o
seu preço Eu mesmo já paguei. Sim, Eu, o Juiz paguei pelos crimes desse homem e
cubro ele agora com meu manto da misericórdia e as sandálias do perdão!”
“E digo mais! Além de justificá-lo, farei mais por ele, pois
não adianta Eu perdoa-lo e deixa-lo a própria sorte. Então tomo agora uma decisão:
Eu mesmo irei adota-lo e a partir de agora ele será chamado de meu filho! E eis
aqui o meu selo sobre ele!”
E então derrama o Seu
próprio Espírito sobre ele.
“E agora, não mais um culpado pecador ele ainda será chamado
de santo, pois Eu mesmo o santifico com minha glória!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário